terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Ciclos de crescimento económico

Os ciclos económicos são flutuações do produto, do rendimento e do emprego nacionais totais, com uma duração habitual de 2 a 10 anos, caracterizada pela expansão ou contracção generalizadas na maioria dos sectores da economia.
Samuelson & Nordhaus


Para Joseph Schumpeter a razão para as economias saírem do seu estado de equilíbrio é a inovação tecnológica, pois em resultado desta os recursos deverão ser afectos às novas actividades e desinvestidos das actividades ultrapassadas, num processo que denominou de destruição criadora.

A imagem seguinte - criada para os EUA - mostra que as tecnologias demoram cada vez menos tempo até serem objecto de consumo por uma larga percentagem das famílias.
Na imagem abaixo representam-se os ciclos de Kondratieff, estimados para os Estados Unidos (a azul) e a evolução do PIB (a vermelho).
Fonte da imagem: http://pt.scribd.com/doc/20345280/CICLOS-DE-KONDRATIEFF

Provavelmente a economia não apresenta a regularidade sugerida pelos teóricos dos ciclos económicos, mas a observação dos ciclos económicos é uma ferramenta fundamental da análise económica. Abaixo sintetiza-se a evolução da economia americana de 1920 a 2005.


Distinguem-se num ciclo económico:

- Recessão é um período contínuo de declínio do produto, do rendimento e emprego totais, normalmente perdurando 6 meses a 1 ano e caracterizado pelas contracções alargadas a muitos sectores da economia;

- Depressão ou Contracção é uma recessão importante, tanto na intensidade como na duração;

- Expansão é a fase ascendente da Baixa até ao Pico. Ocorre quando o crescimento ultrapassa a tendência;

- Recuperação ou Retoma ocorre igualmente na fase ascendente, mas o crescimento fica abaixo da tendência;

- Pico ou Boom, ponto máximo do ciclo, marca o final da expansão e o início da recessão;

- Baixa ou Trough, ponto mínimo do ciclo, marca o final da recessão e o início da expansão;

- Ciclo económico completo é o período entre dois pontos de viragem superiores ou inferiores (Boom ou Trough) consecutivos.
Algumas das características de habituais de uma recessão podem apontar-se aos seguintes níveis:

Consumo e produção
As compras dos consumidores reduzem-se acentuadamente, enquanto que as existências em armazém aumentam inesperadamente. As empresas reagem cortando a produção, e o PIB real cai. Pouco depois o investimento das empresas em edifícios fabris e equipamentos também se reduz acentuadamente.

Emprego
A procura de trabalhadores cai: redução de horários, seguida de dispensas temporárias e de maior desemprego.

Inflação
Com a redução do consumo a inflação abranda. É pouco provável a redução de salários e do preço dos serviços mas tendem a aumentar menos rapidamente nos períodos de retracção económica.

Lucros
Os lucros das empresas reduzem-se acentuadamente. Numa antecipação, as cotações das acções normalmente entram em queda quando os investidores sentem o cheiro de uma retracção económica. Contudo, devido à redução da procura de crédito, as taxas de juro geralmente também diminuem durante as recessões.

As expansões são as imagens simétricas das recessões, em que cada um dos factores acima descritos funciona no sentido inverso.

Com imaginação é possível uns ciclos dentro de outros, mas ficaremos apenas com as suas designações e durações aproximadas.

Utilizando dados do Gapminder - GDP/capita (US$, inflation-adjusted) -, o Gráfico abaixo ilustra bem que o PIB per capita português, embora vá crescendo, vai permitindo que muitos dos seus parceiros comunitários se distanciem cada vez mais:
Continuando a utilizar os mesmos dados, abaixo se evidencia o comportamento da economia portuguesa a longo prazo, utilizando uma recta de tendência.
A recta de tendência do Excel mostra-nos uma recta de regressão do tipo y = a + bx
Utilizando essa recta de regressão podemos calcular os valores estimados do PIB per capita.
Calculando a diferença percentual entre os valores observados e os estimados poderemos concluir se os ciclos das economias se apresentam sincronizadas, como no exemplo entre Portugal e Espanha...
... ou dessincronizadas, como no exemplo entre a Alemanha e o Reino Unido:
Estes resultados podem ser conferidos no estudo de Alexandra Ferreira Lopes.

1. Descreve a as características habituais da fase de expansão do ciclo económico, nos seguinte aspectos:

a) Consumo e produção;
As compras dos consumidores reduzem-se acentuadamente, enquanto que as existências em armazém aumentam inesperadamente. As empresas reagem cortando a produção, e o PIB real cai. Pouco depois o investimento das empresas em edifícios fabris e equipamentos também se reduz acentuadamente.

b) Emprego;
A procura de trabalhadores cai: redução de horários, seguida de dispensas temporárias e de maior desemprego.

c) Inflação;
Com a redução do consumo a inflação abranda. É pouco provável a redução de salários e do preço dos serviços mas tendem a aumentar menos rapidamente nos períodos de retracção económica.

d) Lucros.
Os lucros das empresas reduzem-se acentuadamente. Numa antecipação, as cotações das acções normalmente entram em queda quando os investidores sentem o cheiro de uma retracção económica. Contudo, devido à redução da procura de crédito, as taxas de juro geralmente também diminuem durante as recessões.

2. Identifica a designação e duração dos ciclo económicos mais comummente referidos.

Os ciclos económicos mais comummente referidos têm uma duração habitual de 2 a 10 anos, caracterizada pela expansão ou contracção generalizadas na maioria dos sectores da economia.

3. Representa num gráfico a evolução do PIB per capita português e assinale no mesmo alguns acontecimentos da história económica. Backup


4. Escreve cerca de 50 palavras sobre a história de uma tecnologia à tua escolha.

Com a inocação tecnológica , as economias saiem do seu estado de equilibrio tal como defende Joseph Schumpeter. Cada vez mais as novas tecnologias são mais importantes e também cada vez mais somos dependentes delas para estudar, realizar com rigor as novas actividades entre muitas outas coisas . Todos nós temos a perfeita consciencia de que as novas tecnologias são indespensáveis nos dias de hoje. As novas tecnologias vieram simplificar muitos trabalhos como por exemplo, quando era pedido para escrever uma carta e a tinhamos que a escrever á mão demorava muito mais  tempo que agora que temos a possibilidade de trabalhar com o computador.




5. Confere a sincronização cíclica entre Portugal e Espanha.
Calculando os valores estimados do PIB per capita e calculando a difenrença percentual entre valores observados e os estimados podemos concluir que os ciclos das economias se apresentam sincronizadas como é o casa de Portugal e Espanha.
6. Confere a dessincronização entre a Alemanha e o Reino Unido.
A dessincronização entre a Alemnha e o Reino Unido acontece exactamente da mesma forma referida nos ponto 5 referente a portugal.
... ou dessincronizadas, como no exemplo entre a Alemanha e o Reino Unido:

7. Investiga a sincronização entre as seguintes economias:
a) EUA / Japão; e
b) EUA / Alemanha.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Preços correntes versus preços constantes


Diz-se que o PIB está calculado a preços correntes, quando a produção de cada ano está avaliada aos preços do mesmo ano, por exemplo, a produção de 2000 a preços de 2000, a produção de 2001 a preços de 2001, etc.

Calcular a taxa de variação a partir desta série não tem interesse, porque nunca saberemos em que medida a variação se deve a um aumento real do PIB (crescimento em volume, isto é da quantidade de bens efectivamente ao nosso dispor) ou a um simples crescimento dos preços.

Diz-se que o PIB está calculado a preços constantes, quando a produção de cada ano é avaliada aos preços de um determinado ano, seleccionado como ano base.
2006 = 100 significa que o ano base é 2006, porque no ano base o Índice de Preços é igual a 100. Dividindo a série a preços correntes pela série a preços constantes obtêm-se a o Índice de Preços implícitos no PIB.


Calculando a taxa de variação do Índice de Preços implícitos no PIB obtém-se a tcp, taxa de crescimento dos preços implícita no PIB. Os seus valores não são iguais à taxa de inflação porque esta é calculada a partir de um cabaz de bens que reflecte as preferências do “consumidor médio”, enquanto no caso da tcp o nosso cabaz foi a produção.

Calcula-se a taxa de variação do PIB real – a partir da série do PIB a preços constantes – obtendo a tcv ou taxa de crescimento da economia.
1. Obtenha no PORDATA valores para as séries do PIB a preços correntes e a preços constantes.
NOTA: Se preferir, para ser mais rápido utilize o ficheiro de ajuda.

2. Calcule o Índice de Preços implícitos no PIB, para o período em que dispõe de dados.

3. Calcule a tcp, para o período em que dispõe de dados.

4. Calcule a tcv (taxa de crescimento da economia), para o período em que dispõe de dados.


5. Interprete para o último ano da série:

- o valor do índice de preços;
O valor do indice de preços referente a 2010 é de 106,4888 e podemos verificar que desde 1960 os valores subiram significativamente.

- o valor da tcp;
A taxa de crescimento dos preços implícita no PIB mostra que os valores vão-se modificando, sendo que entre 1960 e 2010 os valores aumentam e diminuem. Em 2010 o valor é de 1,4.

- o valor da tcv.
A taxa de crescimento dos preços imlicita no PIB em volume referente ao ano 2010 é de 0.9 comparndo com os 3 anos anteriores podemos verificar que houve um aumento, mas se comprarmos com outros anos podemos ver que esta taxa é inserta, ou seja, nuns anos aumenta e noutros diminui.


6. Represente graficamente o PIB a preços correntes e a preços constantes, para o período em que dispõe de dados. Preview

7. Represente graficamente a tcp e a tcv, para o período em que dispõe de dados. Preview

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Ciclos de crescimento económico

Ciclos de crescimento económico

Os ciclos económicos são flutuações do produto, do rendimento e do emprego nacionais totais, com uma duração habitual de 2 a 10 anos, caracterizada pela expansão ou contracção generalizadas na maioria dos sectores da economia.
Samuelson & Nordhaus


Para Joseph Schumpeter a razão para as economias saírem do seu estado de equilíbrio é a inovação tecnológica, pois em resultado desta os recursos deverão ser afectos às novas actividades e desinvestidos das actividades ultrapassadas, num processo que denominou de destruição criadora.

A imagem seguinte - criada para os EUA - mostra que as tecnologias demoram cada vez menos tempo até serem objecto de consumo por uma larga percentagem das famílias.





Na imagem abaixo representam-se os ciclos de Kondratieff, estimados para os Estados Unidos (a azul) e a evolução do PIB (a vermelho).




Fonte da imagem: http://pt.scribd.com/doc/20345280/CICLOS-DE-KONDRATIEFF

Provavelmente a economia não apresenta a regularidade sugerida pelos teóricos dos ciclos económicos, mas a observação dos ciclos económicos é uma ferramenta fundamental da análise económica. Abaixo sintetiza-se a evolução da economia americana de 1920 a 2005.


 



Distinguem-se num ciclo económico:

- Recessão é um período contínuo de declínio do produto, do rendimento e emprego totais, normalmente perdurando 6 meses a 1 ano e caracterizado pelas contracções alargadas a muitos sectores da economia;

- Depressão ou Contracção é uma recessão importante, tanto na intensidade como na duração;

- Expansão é a fase ascendente da Baixa até ao Pico. Ocorre quando o crescimento ultrapassa a tendência;

- Recuperação ou Retoma ocorre igualmente na fase ascendente, mas o crescimento fica abaixo da tendência;

- Pico ou Boom, ponto máximo do ciclo, marca o final da expansão e o início da recessão;

- Baixa ou Trough, ponto mínimo do ciclo, marca o final da recessão e o início da expansão;

- Ciclo económico completo é o período entre dois pontos de viragem superiores ou inferiores (Boom ou Trough) consecutivos.




Algumas das características de habituais de uma recessão podem apontar-se aos seguintes níveis:

Consumo e produção
As compras dos consumidores reduzem-se acentuadamente, enquanto que as existências em armazém aumentam inesperadamente. As empresas reagem cortando a produção, e o PIB real cai. Pouco depois o investimento das empresas em edifícios fabris e equipamentos também se reduz acentuadamente.

Emprego
A procura de trabalhadores cai: redução de horários, seguida de dispensas temporárias e de maior desemprego.

Inflação
Com a redução do consumo a inflação abranda. É pouco provável a redução de salários e do preço dos serviços mas tendem a aumentar menos rapidamente nos períodos de retracção económica.

Lucros
Os lucros das empresas reduzem-se acentuadamente. Numa antecipação, as cotações das acções normalmente entram em queda quando os investidores sentem o cheiro de uma retracção económica. Contudo, devido à redução da procura de crédito, as taxas de juro geralmente também diminuem durante as recessões.


As expansões são as imagens simétricas das recessões, em que cada um dos factores acima descritos funciona no sentido inverso.

Com imaginação é possível uns ciclos dentro de outros, mas ficaremos apenas com as suas designações e durações aproximadas.



Utilizando dados do Gapminder - GDP/capita (US$, inflation-adjusted) -, o Gráfico abaixo ilustra bem que o PIB per capita português, embora vá crescendo, vai permitindo que muitos dos seus parceiros comunitários se distanciem cada vez mais:



Continuando a utilizar os mesmos dados, abaixo se evidencia o comportamento da economia portuguesa a longo prazo, utilizando uma recta de tendência.



A recta de tendência do Excel mostra-nos uma recta de regressão do tipo y = a + bx
Utilizando essa recta de regressão podemos calcular os valores estimados do PIB per capita.
Calculando a diferença percentual entre os valores observados e os estimados poderemos concluir se os ciclos das economias se apresentam sincronizadas, como no exemplo entre Portugal e Espanha...





... ou dessincronizadas, como no exemplo entre a Alemanha e o Reino Unido:




Estes resultados podem ser conferidos no estudo de Alexandra Ferreira Lopes.

1. Descreve a as características habituais da fase de expansão do ciclo económico, nos seguinte aspectos:
alguns acontecimentos da história económica. Backup



a) Consumo e produção: as compras dos consumidores reduzem-se acentuadamente, enquanto que as existências em armazém aumentam inesperadamente. As empresas reagem cortando a produção, e o PIB real cai. Pouco depois o investimento das empresas em edifícios fabris e equipamentos também se reduz acentuadamente;

b) Emprego: a procura de trabalhadores cai: redução de horários, seguida de dispensas temporárias e de maior desemprego;

c) Inflação: com a redução do consumo a inflação abranda. É pouco provável a redução de salários e do preço dos serviços mas tendem a aumentar menos rapidamente nos períodos de retracção económica;

d) Lucros: os lucros das empresas reduzem-se acentuadamente. Numa antecipação, as cotações das acções normalmente entram em queda quando os investidores sentem o cheiro de uma retracção económica. Contudo, devido à redução da procura de crédito, as taxas de juro geralmente também diminuem durante as recessões.



2. Identifica a designação e duração dos ciclo económicos mais comummente referidos.











3. Representa num gráfico a evolução do PIB per capita português e assinale no mesmo

4. Escreve cerca de 50 palavras sobre a história de uma tecnologia à tua escolha.

5. Confere a sincronização cíclica entre Portugal e Espanha.

6. Confere a dessincronização entre a Alemanha e o Reino Unido.

7. Investiga a sincronização entre as seguintes economias:

a) EUA / Japão; e
b) EUA / Alemanha.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A heterogeneidade de situações de desenvolvimento

A heterogeneidade de situações de desenvolvimento

Os últimos 200 anos mudaram o Mundo. Em 1803 o Reino Unido era o país com maior rendimento per capita – 2.744 dólares - e nenhum outro tinha esperança de vida superior a 40 anos.
A industrialização teve um maior impacto nos países europeus e nos Estados Unidos, que cresceram mais rapidamente e ficaram cada vez mais ricos.

Após o final da II GGM o crescimento é mais acelerado, destacando-se a recuperação Japão, seguido pouco mais tarde pela China e pela Índia.

Hoje todos os países têm esperança de vida acima dos 45 anos, ultrapassando os 80 em alguns. Como este é um número médio, uma esperança de vida baixa significa uma mortalidade infantil elevada nos países menos desenvolvidos.
E a diferença entre o rendimento per capita dos países mais pobres relativamente aos mais ricos é enorme... Actualmente o rendimento per capita no Qatar é 223 vezes superior ao registado na República Democrática do Congo, havendo uma grande diversidade de situações intermédias.

Ver este Gráfico no Gapmind
Ver apresentação dos últimos 200 anos por Hans Rosling


Portugal é geralmente apresentado como um um país em desenvolvimento, porque os seus indicadores económicos se encontram acima dos valores observados nos países do Sul, mas ainda estamos muito afastados dos países do Norte.

Vamos estudar esta diversidade de situações, tirando partido da organização da turma em sete grupos/blogues, cuja imagem conjunta, no final evidenciará a heterogeneidade de situações de desenvolvimento verificadas nos países desenvolvidos (DC - Developed Countries), países em (vias de) desenvolvimento (PED/PVD) e nos países menos desenvolvidos (LDC - Least Developed Countries).
Cada grupo de alunos/blogue, irá comparar um conjunto diferente de 8 países contrastantes, 4 países desenvolvidos e 4 países incluídos noutra categoria:


Andreia e Elisabete
Países Desenvolvidos (Suíça, Alemanha, Suécia e Austrália)
Países Exportadores de Petróleo (Arábia Saudita, Irão, Emiratos Árabes Unidos e Kuwait) - PEP


Serão utilizados preferencialmente nesta tarefa os dois primeiros recursos:
- Google Public Data Explorer;
- Gapminder;
- Recomenda-se que visite os Indicadores Online caso sinta necessidade de recursos adicionais.
- Recomenda-se o texto Crescimento Económico e Desenvolvimento bem como o Sumário do último Relatório do PNUD para ter maior inspiração nos comentários.


Tarefa: Comparar os países indicados...

1. ...construindo no mínimo 3 Gráficos com o Google Public Data Explorer, tendo o cuidado de seleccionar indicadores económicos, demográficos e sócio-culturais. Cada gráfico deverá ser incorporado no blogue e acompanhado de um comentário breve.



No gráfico podemos verificar que a Arábia Saudita e o Irão são os dois países com menor rendimento per capita. Já os Emiratos Árabes Unidos e o Kuwait são os países que têm maior rendimento, conseguindo o Kuwait chegar aos $60 000.



O gráfico representado acima é referente à Taxa de mortalidade com menos de 5 anos desde 1960 a 2010. Todos os países aí referidos: Irão, Arábia Saudita, Kuwait, Emiratos Árabes Unidos, Austrália, Suíça, Alemanha e Suécia baixaram a taxa de mortalidade brutalmente. Exemplo do Irão que em 1960 a taxa era à volta de 250 e em 2010 desceu para 50.



Este gráfico representa o consumo de electricidade per capita entre 1960 e 2008. Kuwait é o país que representa maior consumo de electricidade em 2008. O Irão é o país que apresenta menor consumo de electricidade.


2. ... criando no mínimo mais 3 Gráficos com o Gapminder World. Indicar no blogue o respectivo link e realizar um comentário breve a cada gráfico.

www.bit.ly/yMHY9n  -  No gráfico as variáveis estão co-relacionadas positivamente pois quando o rendimento aumenta a esperança de vida também aumenta.

www.bit.ly/zlsE5B - No gráfico, quando o PIB per capita aumenta o acesso ao Saniamento também aumentam, ou seja, estão relacionadas.

www.bit.ly/yHJic0 - O gráfico mostra que nos países desenvolvidos, a populção tem mais estudos que nos países sub-desenvolvidos.


3. ... utilizando a funcionalidade DATA do Gapminder, importar ficheiros do Excel para produzir neste software, no mínimo 3 outros Gráficos. Gravar as imagens no Paint. Produzir um comentário breve a cada gráfico.



O gráfico presente refere-se quanto ao consumo de alcóol por adultos, em litros, no ano de 2005. Nestes oito países, vimos que Iran, Kuwait, Saudi Arabia e United Arab Emirates são os países que menor taxa de consumo de alcóol têm. Enquanto que os outros quatro países representados apresentam um consumo elevado de alcóol. Germany é o país com maior consumo de alcóol apresentando 12,8 valores.



O gráfico refere-se ao consumo de água agrícola em % do consumo de água total, em (%), no ano de 2007. Nestes oito países, vimos que Germany, Sweden e Switzeland são os países que menor taxa de consumo de água agrícola em % do consumo de água total têm. Enquanto que os outros cinco países representados apresentam um consumo elevado, sendo a percentagem máxima de 90.


4. ... mencionando para os dois grupos de países a evolução do IDH assinalada no Trends  http://hdr.undp.org/en/data/trends/

5. ... tendo em consideração o conjunto dos dados reunidos nos pontos anteriores, e os comentários parcelares. Sintetize num comentário global as conclusões a que chegou. Enriqueça o seu comentário referindo características dos países que trabalhou (utilizando os links neste post e/ou pesquisa).

NOTAS: (1) Pelo menos um os gráficos deverá conter dados relacionados com a SIDA (fiz no blogue pessoal: A SIDA em Portugal tem significado?); (2) Como esta tarefa tem muitos gráficos aconselha-se a resposta em várias mensagens que poderão ter um número diferente no fim do título e a mesma etiqueta, vg. "heterogeneidade". Clicando na etiqueta reunirá a resposta completa ao post.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Gráfico da Dívida na Eurozona: Quem deve a quem?

O círculo mostra a dívida externa bruta, ou ao estrangeiro, de alguns dos principais intervenientes na Zona do Euro, bem como outras economias do Mundo Global. As setas mostram quanto dinheiro é devido por cada país aos bancos de outras nações. A dimensão das setas do devedor para o credor é proporcional ao dinheiro devido a partir do final de Junho de 2011. As cores atribuídas aos países são um guia para a quantidade de problemas no seio de cada economia.

A Europa está lutando para encontrar uma saída para a crise da Zona do Euro entre enormes dívidas, paragens do crescimento e o nervosismo generalizado dos mercados. Depois da Grécia, Irlanda e Portugal, a Itália será o próximo país forçado a procurar um bail-out.

Mas, com sistemas financeiros globais tão interligados, este não é apenas um problema da Zona do Euro e as repercussões estendem-se além das suas fronteiras.

Embora os empréstimos entre as nações apresentem poucos problema durante os anos de boom, quando um país não consegue solver as suas dívidas, os bancos estrangeiros e instituições financeiras que emprestaram dinheiro ficam expostos a perdas. Isso não só poderia desestabilizar o país de origem dos bancos, mas poderia, por sua vez, espalhar problemas por todo o mundo.

Assim, no emaranhado de empréstimos inter-país, que deve a quem?
clique num país no círculo para descobrir o que devem aos bancos em outros países, bem como para descobrir a sua dívida externa total, o seu PIB, a dívida externa por pessoa, a dívida externa em percentagem do PIB e a dívida pública em percentagem do PIB.

1. Constrói uma tabela no Excel com os dados acima,
partindo deste ficheiro.





2. Comparando o valor com PIB indicado para Portugal com o disponível no PORDATA, conclui quanto valem os triliões referidos neste exercício. Isto é, foi adoptada a norma americana ou a norma europeia. Justifica.

Comparando o valor com PIB indicado para Portugal verificámos no  PORDATA, que os triliões em norma Americana tem 12 zeros, seguindo a fórmula 3(N+1) = 12 zeros => 1 trilião 1.000.000.000.000. Na norma Europeia tem 18 zeros


3. Comenta os dados verificando a possibilidade de algum preconceito contra os países latinos.

Os países latinos presentes nos gráfico são Espanha, Portugal, Itália e Grécia. Existe algum preconceito contra estes países, verificando com os gráficos anteriores todos estes países têm dividas mas ninguem deve aos mesmos.


4. Apresenta uma noção de interdependência.

Interdependência económica é uma consequência da especialização, ou a divisão do trabalho, e é quase universal. Cournot escreveu:
Mas na realidade, o sistema económico é um todo do qual as partes estão conectadas e reagem umas sobre as outras. Um aumento na renda dos produtores de uma mercadoria irá afectar a demanda por comodidades B, C, etc, e os rendimentos dos seus produtores, e, por sua reacção muda a demanda por comodidades A.
Interdependência não é rígida, porque as empresas, indivíduos e nações podem mudar a partir da produção de um conjunto de produtos para o de outro. Ele descreve os países/estados-nação e/ou estados supranacionais, como a União Europeia (UE) ou o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), que são especializados por causa do clima, a disponibilidade de capital e trabalho, e uma variedade de histórico e factores culturais. Essas nações ou grupos podem ser dependentes um do outro para qualquer (ou todas) das seguintes características:
  • Alimento
  • Energia
  • Minerais
  • Produtos manufacturados
  • Multinacionais/corporações transnacionais
  • Instituições financeiras
  • Dívida externa



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Crescimento e Desenvolvimento económico num mundo interdependente

Distinguimos ao países quando ao seu nível de desenvolvimento em diversas categorias (por exemplo, desenvolvidos, em vias de desenvolvimento e subdesenvolvidos) porque precisamos de agrupar os países que apresentem características relativamente homogéneas e de separar os que apresentem características relativamente distintas.

Estas categorias são criadas para satisfazer as nossas necessidades explicativas do (sub)desenvolvimento, porque o Mundo é uno e caracterizado pela interdependência, como a imagem abaixo enfatiza.


 

Utilizamos a expressão crescimento económico para nos referirmos à taxa de crescimento percentual (1) do Produto Interno Bruto (PIB) ou do Produto Nacional Bruto (PNB). Esta análise é puramente quantitativa e profundamente simplista.

NOTA (1): É a mesma fórmula que utilizaste para calcular o crescimento dos preços (inflação) a partir do índice de preços.
Recordar?

O desenvolvimento económico, por sua vez assume as múltiplas dimensões da vida humana, sendo um fenómeno qualitativo impossível de quantificar. Geralmente centramos a nossa atenção sobre a estrutura da repartição do rendimento, inferindo a partir daí sobre a qualidade de vida das pessoas e do sistema em geral.

Alternativamente podemos procurar conhecer os múltiplos aspectos do desenvolvimento utilizando uma grande diversidade de indicadores do (sub)desenvolvimento. Estes costumam classificar-se em três categorias:

  • Económicos
    • PIB per capita
    • Repartição sectorial da População Activa
    • Estrutura do Produto
    • Consumo de energia/aço/(...)/habitantes
    • Indicadores do Comércio Externo
  • Demográficos
    • Taxa de Natalidade
    • Taxa de Mortalidade
    • Taxa de Mortalidade Infantil
    • Esperança Média de Vida à Nascença
    • Taxa de Emigração
  • Socio-Culturais
    • Taxa de Analfabetismo
    • Nº Alunos/Professor
    • Nº de anos de escolaridade obrigatória
    • Nº Habitantes/Médico
    • Nº Habitantes/cama de Hospital
    • Nº jornais diários/1.000 habitantes
    • Nº TV/1.000 habitantes
    • Nº automóveis/1.000 habitantes
    • Proteínas/habitante


Os indicadores dizem-se simples quando reflectem apenas uma dimensão particular do desenvolvimento, como é o caso de qualquer um dos indicadores acima indicados.

Os indicadores dizem-se compostos quando combinam diversas dimensões do desenvolvimento, como o IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, IDG - Índice de Desenvolvimento Ajustado ao Género, MPG - Medida de Participação segundo o Género, e IPH1 e IPH2 - Índices de Pobreza Humana. Observe como estes indicadores se construíam lendo a
Nota Técnica na p. 208 do Guia do Leitor de 2009 Backup. Compare com as Notas Técnicas de 2011 que apresentam os indicadores do Relatório do Desenvolvimento Humano de 2011.

1. Apresente uma noção de interdependência.

2. Distinga crescimento de desenvolvimento.

3. Defina os diversos indicadores do (sub) desenvolvimento acima referidos.
NOTA: Consulte o
Glossário do ALEA.

4. Refira as dimensões e os respectivos indicadores considerados na definição dos seguintes indicadores compostos:
a) IDH;
b) MPG.

5. Verifique que o
PNUD calcula um índice de pobreza destinado ao contexto dos países pobres (IPH-1) e outro destinado a analisar a pobreza nos países desenvolvidos (IPH-2). Justifique esta opção.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Teoria das vantagens comparativas

Entre as teorias do comércio internacional assume particular relevância a teoria das vantagens comparativas. A teoria das vantagens absolutas não é explicitamente referida no texto, mas está implícita no caso mais simples, em que refere que "o homem da rua não precisará de qualquer economista". SAMUELSON não referiu esta "teoria" porque a identificou com o "bom senso".


Com o objectivo de representar graficamente a teoria das vantagens comparativas (SAMUELSON, Economia, Edição de 1981) vamos admitir adicionalmente que a América dispõe de 5.000 horas de trabalho e a Europa de 12.000.
Então se a América quiser produzir apenas alimentos (vestuário) poderá produzir 5.000 (2.500) unidades; estes dois pontos definem a fronteira de possibilidades de produção da América – FPP A.
Se a Europa quiser produzir apenas alimentos (vestuário) poderá produzir 4.000 (3.000) unidades; estes dois pontos definem a fronteira de possibilidades de produção da Europa – FPP E.
Na ausência de comércio internacional cada país pode produzir e consumir em qualquer dos pontos da respectiva FPP, que também representa a respectiva FPC (fronteira de possibilidades de consumo); qualquer ponto exterior a estas fronteiras seria preferível, mas permanece inacessível.


A abertura do comércio internacional determina a especialização da América na produção de alimentos, produzindo 5.000 unidades em PA, e a especialização da Europa na produção de vestuário, produzindo 3.000 unidades em PE.

Suponha-se que ao preço 0,(6) a América exportaria 3.000 unidades de alimentos com as quais importaria 2.000 unidades de vestuário da Europa.

O novo ponto de consumo da América seria determinado por 2.000 unidades de vestuário e 2.000 unidades de alimentos, em CA,

Na nova situação a Europa consumiria 1.000 unidades de vestuário e 3.000 unidades de alimentos, em CE.



O comércio internacional foi vantajoso para ambos os países porque os respectivos pontos de consumo, CA e CE, são exteriores às suas FPC iniciais. Como em ambos os países foi possível chegar a pontos de consumo que proporcionam maior bem-estar, com o mesmo custo, isto significa que os recursos ficaram empregues de uma forma mais eficiente.
I

 

Admita uma nova situação na qual a América troca 2.000 unidades de alimentos por 2.000 vestuário.

II

Explicite as vantagens da teoria das vantagens comparativas relativamente à teoria das vantagens absolutas.






1. Determine os novos pontos de consumo da América e da Europa.

2. Verifique que se trata de uma solução injusta para uma das partes porque o preço dos alimentos relativamente ao vestuário se situa fora do intervalo 0,5 (isto é, ½) a 0,75 (isto é, ¾).

3. Construa o gráfico que ilustra esta situação no Paint.